sexta-feira, 2 de maio de 2014

“A simplicidade é a sofisticação máxima”!

“A simplicidade é a sofisticação máxima”!

Lendo um material esta semana me deparo com esta frase, que segundo dizem é de autoria de Leonardo da Vinci. Vou atribuir a ele, pois faz sentido à sua obra, mas como todas as frases temos que ficar meio que atentos à sua origem. Enfim, vamos em frente. 

Como Consultor e Professor, sou prazerosamente forçado a ler muitas coisas. Testar muitas ferramentas. Pesquisar, criticar, analisar e acima de tudo confrontar. Até mesmo porque o mercado pede e os clientes em determinados momentos “valorizam” e “reconhecem” isso como um diferencial.

Neste mundo globalizado, competitivo, conectado e midiático a tendência a nos sentirmos obsoletos e ultrapassados tem uma validade. Essa sensação chega em intervalos cada vez menores ou mais rápidos, dependendo do prisma que você olhe. Software, hardware, moda, tendências, músicas, ferramentas de gestão, tecnologias, relacionamentos passaram a um patamar de exigência e volatilidade assustadora. Além da expectativa de perfeição mágica.  E estou preocupado, incomodado e acima de tudo bastante reflexivo sobre isso. Ou quem sabe já estou ficando obsoleto aos 42 anos?

Em um ambiente corporativo precisamos de que, por exemplo ? Informações, análises, estratégias, relacionamentos, fluxos, confiabilidade.............e podemos elencar aqui uma “penca” de outras palavras bonitas e impositivas, mas no fundo o que o ambiente empresarial espera é resultado! Pesquisa a diferença entre eficiência e eficácia, por exemplo.

E tome “guela” abaixo tecnologias com os ERP´s, com planilhas dinâmicas, com fluxos tridimensionais, softwares lindos, técnicas revolucionárias e criativas para lidar com o básico! Sim, com o básico! E por deixarmos de fazer o básico atribuímos a responsabilidade ou a irresponsabilidade a uma série de fatores e condicionante, menos ao principal: a nós mesmos!

De que adianta as melhores ferramentas de gestão, as apresentações mais impactantes e revolucionárias se falta paixão às coisas? De que adianta preencher planilhas e digitar dados se não geram resultados significativos? Mecanizamos e maquiamos tudo! A essência está se perdendo.

Que segmentação é essa, por exemplo, de profissionais especializados em Businesses Inteligence ou Inteligência de Mercado ? São mais inteligentes do que eu e você, por exemplo ?

Lembro que há anos atrás eu olhava o balançar das folhas de uma amendoeira e uns coqueiros perto da minha casa para arriscar e confesso que com um índice de acerto grande como estaria o mar. Na dúvida dava umas 2 ligações e pronto, o surf estava garantido. Hoje me pego olhando e analisando 3 sites, direção e velocidade do vento, fotos, postagens. E confesso, surfando menos do que antes. Mas, sem me gabar, meu índice de acerto sobre o clima ainda é alto (rs), porém tive que buscar outras referências, o coqueiro e a amendoeira não existem mais.

Quer entender mais de gestão e melhores resultados? Busque os clássicos. Busque a simplicidade, pois template bonito e impactante pode não gerar entrega, venda e resultado  significativo. Maquiagem se tira com água e sabão. Vamos ser mais simples e gerar resultados. Diminuindo essa perda de tempo com as coisas no meio do caminho que no final não são valorizadas.


E no happy hour vá na certeza do trivial, no simples tira gosto que possa ser que aquele prato com nome bonito e aparência classuda, não mate a sua fome totalmente. E vamos torcer para as blitz do álcool voltarem! Um grande abraço e nunca desista dos seus sonhos!



* Marcio Lopes

Obs.: Marcio Lopes, sócio e diretor da Organiza - Consultoria de Gestão Empresarial (http://www.organiza-ba.com.br ), e da Paulo Lopes Desenvolvimento Pessoal e Empresarial (http://www.paulolopesdpe.com.br). Headhunter, Consultor, Coach Profissional e Palestrante. Este artigo teve divulgação no site Gente e Mercado & Comercial (http://www.genteemercado.com.br/categoria/colunistas/marcio-lopes/) e no Jornal Tribuna da Bahia, quinzenalmente às sextas-feiras.