SALA DE RECREAÇÃO
Esta
semana li em uma revista de circulação nacional sobre uma matéria a respeito do
que as empresas estão fazendo para descontrair o ambiente de trabalho para os
profissionais. Seja no ambiente físico (decoração),
como também no oferecimento de jogos eletrônicos, mesas de bilhar, instrumentos
musicais e entre outras, nas suas salas de recreação. Ao final de matéria lembrei-me
de uma conversa que tive com um Diretor de Recursos Humanos da América Latina
de uma multinacional do segmento de tecnologia para um projeto que estávamos
conduzindo.
Meu
relato na época com ele foi o seguinte: “Eu (Marcio), trabalhava em uma empresa
multinacional, fui formado por uma Universidade Federal, estava tendo
resultados e performance, mas as minhas promoções demoravam um pouco a mais do
que meus colegas formados em outras faculdades, especificamente as principais
do país, na época por exemplo, o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e a
UNICAMP (Universidade de Campinas) e agora levantando o perfil para contratar
um executivo, você me diz que quer encontrar e contratar profissionais formados por essas entidades de
ensino. Por que as multinacionais valorizam tanto isso ?” Esse foi meu questionamento na época.
A
resposta foi simples, direta e esclarecedora:
“Quando
um garoto de 16, 17 anos passa no vestibular em uma faculdade de ponta, e nessa
faculdade de ponta ele se destaca dos demais, sendo um dos principais alunos,
temos a seguinte interpretação: não foi porque os pais o deixavam de castigo ou
alguém o obrigava a estudar mais que ele conseguiu isso aí. A performance e o resultado
são frutos dele e da sua dedicação, determinação e foco! Por isso que eu não me
preocupo em montar salas de jogos ou atividades que alguns achem dispersivas.
Pois, se ele precisar passar duas noites trabalhando para entregar no prazo,
ele vai. Faz parte do DNA dele.” , disse esse Diretor.
Naquele
momento entendí perfeitamente a lógica das grandes empresas, principalmente as
que tem uma cultura de meritocracia e reconhecimento formalizada e enraizada na
sua cultura organizacional. E hoje eu concordo com esse pensamento. Claro que
existem exceções, mas se pararmos para analisar e traçar um cenário, poderemos constatar
essa justificativa relatada por ele.
O
risco que algumas empresas têm em buscar uma decoração alternativa e um
ambiente similar com essas empresas é de não ter em sua equipe, profissionais
com esse perfil. E aí o espaço ao invés de ser interessante vai começar a ser
um grande problema devido à dispersão e falta de foco. E consequentemente de
entrega. Ao invés de um espaço para energização será um de confraternização e
olhe lá.
E
não é só isso, se a empresa não estimular a meritocracia e o reconhecimento,
realmente vai correr um grande risco de montar verdadeiros “shoppings centers”
sem nenhum resultado efetivo.
As
Faculdades e Universidades têm que buscar a excelência acima de tudo o
reconhecimento do mercado contratante. Ao serem mencionadas em processos
seletivos, ou como referência, alguém mencionar que ela pode ser até fácil de
entrar, mas é muito, mas muito difícil do aluno se formar. Irei mencionar com
mais detalhes este pensamento em um outro momento.
E
hoje no happy hour, se dê conta que às vezes bons petiscos estão em lugares
mais simples, mas a certeza de bons petiscos é de estarem em lugares melhores
estruturados e com melhores profissionais. E mais uma vez lembrando, se beber
não dirija!
Um
grande abraço, sucesso e nunca desista dos seus sonhos.
Obs.: Meus artigos têem vinculação quinzenalmente às sextas-feiras simultânea no site Gente & Mercado (http://www.genteemercado.com.br/sala-de-recreacao-2/) e no Jornal Tribuna da Bahia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pelo seu interesse e participação. Você e seus comentários são muito importantes para meu desenvolvimento, bem como para ter um feedback real e sincero das minhas percepções.