“A simplicidade é a
sofisticação máxima”!
Lendo um material esta semana me
deparo com esta frase, que segundo dizem é de autoria de Leonardo da Vinci. Vou
atribuir a ele, pois faz sentido à sua obra, mas como todas as frases temos que
ficar meio que atentos à sua origem. Enfim, vamos em frente.
Como Consultor e
Professor, sou prazerosamente forçado a ler muitas coisas. Testar muitas
ferramentas. Pesquisar, criticar, analisar e acima de tudo confrontar. Até
mesmo porque o mercado pede e os clientes em determinados momentos “valorizam”
e “reconhecem” isso como um diferencial.
Neste mundo globalizado,
competitivo, conectado e midiático a tendência a nos sentirmos obsoletos e
ultrapassados tem uma validade. Essa sensação chega em intervalos cada vez
menores ou mais rápidos, dependendo do prisma que você olhe. Software,
hardware, moda, tendências, músicas, ferramentas de gestão, tecnologias,
relacionamentos passaram a um patamar de exigência e volatilidade assustadora.
Além da expectativa de perfeição mágica. E estou preocupado, incomodado e acima de tudo
bastante reflexivo sobre isso. Ou quem sabe já estou ficando obsoleto aos 42
anos?
Em um ambiente corporativo
precisamos de que, por exemplo ? Informações, análises, estratégias,
relacionamentos, fluxos, confiabilidade.............e podemos elencar aqui uma “penca”
de outras palavras bonitas e impositivas, mas no fundo o que o ambiente
empresarial espera é resultado! Pesquisa a diferença entre eficiência e
eficácia, por exemplo.
E tome “guela” abaixo tecnologias
com os ERP´s, com planilhas dinâmicas, com fluxos tridimensionais, softwares
lindos, técnicas revolucionárias e criativas para lidar com o básico! Sim, com
o básico! E por deixarmos de fazer o básico atribuímos a responsabilidade ou a
irresponsabilidade a uma série de fatores e condicionante, menos ao principal: a
nós mesmos!
De que adianta as melhores
ferramentas de gestão, as apresentações mais impactantes e revolucionárias se
falta paixão às coisas? De que adianta preencher planilhas e digitar dados se
não geram resultados significativos? Mecanizamos e maquiamos tudo! A essência
está se perdendo.
Que segmentação é essa, por
exemplo, de profissionais especializados em Businesses Inteligence ou
Inteligência de Mercado ? São mais inteligentes do que eu e você, por exemplo ?
Lembro que há anos atrás eu
olhava o balançar das folhas de uma amendoeira e uns coqueiros perto da minha
casa para arriscar e confesso que com um índice de acerto grande como estaria o
mar. Na dúvida dava umas 2 ligações e pronto, o surf estava garantido. Hoje me
pego olhando e analisando 3 sites, direção e velocidade do vento, fotos,
postagens. E confesso, surfando menos do que antes. Mas, sem me gabar, meu
índice de acerto sobre o clima ainda é alto (rs), porém tive que buscar outras
referências, o coqueiro e a amendoeira não existem mais.
Quer entender mais de gestão e
melhores resultados? Busque os clássicos. Busque a simplicidade, pois template
bonito e impactante pode não gerar entrega, venda e resultado significativo. Maquiagem se tira com água e
sabão. Vamos ser mais simples e gerar resultados. Diminuindo essa perda de
tempo com as coisas no meio do caminho que no final não são valorizadas.
E no happy hour vá na certeza do
trivial, no simples tira gosto que possa ser que aquele prato com nome bonito e
aparência classuda, não mate a sua fome totalmente. E vamos torcer para as
blitz do álcool voltarem! Um grande abraço e nunca desista dos seus sonhos!
* Marcio Lopes
Obs.: Marcio Lopes, sócio e diretor da Organiza - Consultoria de Gestão Empresarial (http://www.organiza-ba.com.br ), e da Paulo Lopes Desenvolvimento Pessoal e Empresarial (http://www.paulolopesdpe.com.br). Headhunter, Consultor, Coach Profissional e Palestrante. Este artigo teve divulgação no site Gente e Mercado & Comercial (http://www.genteemercado.com.br/categoria/colunistas/marcio-lopes/) e no Jornal Tribuna da Bahia, quinzenalmente às sextas-feiras.