sexta-feira, 17 de maio de 2013




COMO SOMOS MEDÍOCRES E PEQUENOS !

Reforço logo de início: ainda gosto de futebol, aliás gosto de qualquer esporte, vejo até campeonato indiano de batmindon! Com relação ao futebol, confesso que gostava mais, me animava muito mais ir à nossa querida e “velha” Fonte Nova, tomar aquele sorvete de lata. Era o programa que fazia com meu pai e amigos. Hoje, confesso, vejo pela televisão e cada dia menos envolvido e me incomodando menos com os resultados. Serei mais um a falar da atual situação a que chegamos, de uma forma geral, sobre o nosso perigoso e “imaterial” monoesporte: o futebol.

Aprendemos desde cedo em aulas de economia e até mesmo geografia e história, o quanto é perigoso um país ou uma empresa depender somente de um único produto para o seu sustento. As mais diversas variáveis podem impactar na evolução desta organização/país, seja para o lado positivo, e lógico para o negativo através dessa dependência.

Já fiz trabalho para times de futebol e só quem já vivenciou a cultura organizacional destes ambientes pode ter a certeza: não existe racionalidade nenhuma no que se refere à gestão, profissionalização e acima de tudo ao respeito ao seu principal cliente: o torcedor!

Qual executivo/empresário em sã consciência abre mão de seus clientes? Abre mão da possibilidade de ficar marcado na história da sua empresa? Abre mão de um público fiel e acima de tudo apaixonado, mesmo o produto sendo ruim? Abre mão de valores básicos como a disciplina, respeito e acima de tudo exemplo? Abre mão da possibilidade de ter uma renda certa e acima de tudo constante?  Desculpem-me, mas os nossos dirigentes de times de  futebol!

Um esporte onde não se leva em conta o princípio básico da relação: fornecedor – cliente. Um esporte onde as crianças aprendem a ser “malandras” com a catimba. Um esporte onde o “atleta” elevado a ídolo pela mídia pode tudo: de beber ao que você quiser. Um esporte coletivo onde o individual é mais valorizado. Um esporte onde vemos clubes (empresas) sendo quebradas por salários de jogadores (funcionários). Um esporte onde não se valoriza a formação equilibrada das inteligências e personalidades.

A Fifa e as suas subsidiárias conseguiram ser a mais perfeita empresa capitalista do mundo. Como? Explico em um outro artigo.

Gostaria de ver as pessoas na mesa de bar, nos refeitórios das empresas, nas escolas discutindo pela melhoria de leis, da nossa política, da nossa economia. De questões mais importantes e relevantes. Da atual situação da nossa cultura. Dos valores que queremos transmitir aos nossos filhos. E não se preocupando de tal jogador que bebeu ou aprontou, e sim se aquele político que elegemos dormiu na sessão ou se nem foi!

Realmente o monoesporte está acabando com a possibilidade de darmos um passo mais sólido ao desenvolvimento de uma geração e acima de tudo à construção de um país digno. Apesar de toda a evolução tecnológica ainda nos gabamos de sermos os maiores produtores de: soja, cana de açúcar, .... me lembrem ai e me ajudem, isso é uma monocultura?

E no happy hour de hoje, busque nos canais um esporte diferente e se atualize. Não só para ter uma outra opção, mas para seu próprio bem. Ou quem sabe discuta um bom livro com o amigo, ou melhor, vão para o teatro. E acima de tudo vamos diminuir a nossa mediocridade!

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