terça-feira, 7 de janeiro de 2014

ARTIGO - REVISTA FECOMÉRCIO - VOCÊ SÓ SERÁ UM EMPRESÁRIO DE SUCESSO, SE FOR UM EDUCADOR ROMÂNTICO E APAIXONADO



VOCÊ SÓ SERÁ UM EMPRESÁRIO DE SUCESSO, SE FOR UM EDUCADOR ROMÂNTICO E APAIXONADO

Rápidos flashes da uma história recente para chegarmos ao nosso ponto crucial: resultado e performance:

Cena Histórica 1: Abolição da escravatura nas Américas (Sul e Norte), eventos muito próximos e seguindo, guardadas as devidas proporções,  uma mesma perspectiva de classes. Na América do Norte uma sociedade em sua maioria seguindo uma opção religiosa diferente a da América do Sul. Como eram os cultos religiosos? Norte lendo a Bíblia, no Sul em latim e de costas para as pessoas.

Cena histórica 2: Governo Brasileiro precisando de dinheiro consulta o Banco Mundial que faz algumas exigências, entre elas: diminuição do índice de analfabetismo, da taxa de repetência e aumento do número de universitários dentro de uma determinada faixa etária. E qual foi a revolução técnico-pedagógica que o governo fez? Passa todo mundo, ninguém perde e não existe muita exigência para se entrar.

Essas duas cenas somente para ilustrar o risco que estamos enfrentando e acima de tudo a responsabilidade que foi transferida para a classe empresarial e os empreendedores: a de ser responsável pela educação, formação e acima de tudo preparação da mão de obra para a continuidade das atividades empresariais.

Como defende a TEO – Tecnologia Empresarial Odebrechet,  as pessoas são impulsionadas por motivações materiais e não materiais. E o Empreendedor não pode somente ter uma motivação messiânica (somente pela causa) e/ou mercenária (somente pelo dinheiro), o empresário é o equilíbrio dessas duas vertentes.

E como triunfar, perpetuar e acima de tudo obter resultados sem uma equipe, sem pessoas e acima de tudo sem pessoas qualificadas? Um fenômeno muito sério é o analfabetismo funcional que hoje assola o mercado de trabalho. Profissionais formados e teoricamente preparados com um certificado na mão, mas que não conseguem fazer o básico.

Momento para refletirmos: o que aconteceu e acontece então com a meritocracia? O esforço adicional vale para que? Atualmente vemos as pessoas se satisfazendo com a mediocridade e pensando somente em sobreviver.

Parabenizando toda a equipe da Fecomércio Bahia, pela iniciativa e coragem desta publicação. 

E aí vem a explicação do título para a nossa reflexão: Você não será um empresário de sucesso se não tiver correndo na veia um viés de educador, um viés de que acredita no outro e acima de tudo pode contribuir para a melhoria do próximo. Pois, não encontraremos  profissionais em todas as posições que buscamos de pessoas altamente capacitadas e acima de tudo auto motivadas. Encontraremos sim, com uma inteligência única, mas que precisam ser preparadas, ajudadas e acima de tudo educadas para cada um encontrar a sua verdadeira missão e vocação.

O educador-empresário ou empresário-educador tem que ter essa paciência e acima de tudo a crença de que os outros podem mudar e acima de tudo fazer a sua cota de sacrifícios, para que um dia este profissional que passou pela sua empresa possa com muito orgulho dizer que aprendeu e que deve muito aos seus ensinamentos e as oportunidades que você proporcionou no ambiente de trabalho.
Sim, ser empresário também é uma missão educacional!


Obs.: Marcio Lopes é  headhunter, coach profissional e consultor empresarial. Sócio diretor da Organiza Consultoria de Gestão Empresarial.


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