A ARTE DE INTERPRETAR
UMA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL E MESSI VEM JOGAR NO BAHIA
Sou Bahia! Sou Professor! Sou
Headhunter! Entre várias coisas. Mas, antes de tudo sou curioso pelas histórias
e estórias dos outros, do mundo, das coisas.
Pense a seguinte cena: você sendo
Bahia ou outro time qualquer. O Diretor de Futebol do seu time recebe o CV de
Messi (sim, Lionel Messi do Barcelona e da seleção Argentina) seguido de um
email e posteriormente um contato que ele está querendo vir jogar no seu time.
Que ele quer conhecer uma nova cultura, inclusive atuar de zagueiro, quer
experimentar algo novo, diferente e inclusive está disposto a ganhar menos, mas
ele se encantou pela nossa....nosso....comida (confesso que fui tentar puxar
algo de bom e diferente e veio somente isso, sinto pelo nosso momento).
Outra cena: um profissional
talentoso, com experiência, maturidade e uma reserva financeira que lhe permite
passar um tempo ganhando menos, busca uma oportunidade em uma área diferente da
sua experiência, do seu background. Manda o CV, o RH analisa ou diz que analisa
e manda para o responsável pela área para uma entrevista.
As duas cenas tem o mesmo final e
a mesma conclusão: “sinto imensamente, caro Messi e Profissional “X”, mas vocês
são muito qualificados e bons para o que estamos buscando e não temos no
momento condição para pagar”. E aí os dois profissionais continuam: “Fique
tranquilo, eu sei disso, tenho uma reserva financeira que me permite passar uns
tempos aprendendo uma nova atividade em uma área diferente, o que eu preciso é
de uma oportunidade”. Resposta final: “sinto, mas não podemos contratá-lo, pois
possa ser que amanhã surja uma nova proposta e você nos deixe na mão, além
disso você é muito bom para o que eu ofereço”.
Isso acontece sim e muitas vezes.
Essa semana dando aula, duas alunas competentíssimas que estão buscando uma
mudança profissional e de área disseram isso. Que ao serem entrevistadas diziam
que elas eras superiores ao que a empresa estava buscando. E mesmo aceitando
salários inferiores aos que tinham para que podessem ter a oportunidade de
aprendizado, tinham a oportunidade negada.
Se vão sair no final do ano,
daqui a 6 meses, que diferença faz. Garanto que neste período irão gerar muito
mais resultado e contribuição do que aqueles medíocres que estão ocupando uma
cadeira. Medíocre, me desculpem, no sentido de ficarem satisfeitos com as
coisas mais ou menos, não buscarem o diferenciado, o resultado. Ou você acha
que Messi gosta de perder ? Que vai para casa satisfeito da performance ruim de
uma partida ?
Que Messi viesse somente para
dois jogos eu lotaria o Estádio cobrando três vezes mais o valor do ingresso,
triplicaria a cota de patrocínio e televisão e por ai vai. Se perdesse os jogos
? Olhe o resultado no caixa. Olhe a visibilidade. E uma profissional
diferenciada, não se paga ?
Vamos ver se os profissionais que
contratam pessoas ou decidem pela contratação começam mais a gostar e se
interessar pela estória e história das pessoas. E romper o paradigma que um
profissional não pode mudar de área aceitando uma remuneração menor. Se ele
confia na sua capacidade e dá resultado, com certeza agregará valores positivos
ao seu negócio.
E me surpreendo muito com os RH´s
e Gestores preconceituosos e firmes demais nos seus paradigmas. Possa ser que
esse sim esteja no lugar errado.
E no happy hour de hoje,
aproveite para ver um bom jogo de Lionel, mesmo já sabendo o resultado,
confesso que no momento está valendo mais a pena do que os nossos “babas” por aqui. E mesmo sem ter por ai Blitz barrando direção
e bebida, continue você fazendo a sua parte.
Um grande abraço e nunca desista
dos seus sonhos!