GESTOR DE UM
PERSONGEM SÓ. É BOM OU RUIM?
Estudando
um pouco sobre marketing digital, o termo Persona sempre aparece, é o perfil do
seu cliente/consumidor. A tentativa de você tentar caracterizar o perfil ideal para
ter mais empatia e entregar conteúdo de interesse. Estudando um pouco mais
sobre algumas possibilidades de treinamento resgatei um case que fizemos usando
um Diretor Teatral para uma equipe de Gestores. Foi muito bacana o processo
criativo e resultado final. Vendo ontem
um filme tentando descobrir quem era o ator, pois estava irreconhecível no
papel, tal era a sua caracterização fiquei meio incomodado. E esta semana,
durante uma reunião num processo de Coaching trabalhando a mudança de perfil de
um profissional , de executivo para empresário/empreendedor.
E o
que isso tudo me fez pensar?
Pensei
em alguns atores e seus papéis marcantes:
Tom
Cruise – você consegue imaginar ele num filme onde não corra? O cara é um
atleta de corrida em todos os filme, haja fôlego. Daniel Radcliffe – não tem como
imaginar Harry Potter fazendo outras coisas. Isis Valverde – sempre a sensual,
meio adolescente. E podemos listar alguns que ficaram marcados.
Por
outro lado temos alguns que realmente são verdadeiros coringas na arte de
mudanças. Tom Hanks, Christian Bale, Lima Duarte, Sir Sean Connery e outros,
embora poucos, mas temos um grupo interessante.
E no
cenário corporativo e empresarial? Que categoria de ator você te desafia mais? Que
grupo você se encaixa?
O
grande mal que fazemos a nós mesmos ao definirmos um único personagem para toda
a nossa trajetória profissional e o abalo que isso faz nas nossas escolhas e
trajetória é ficarmos na certeza de que teremos sucesso naquele tipo de filme e
personagem, pois é mais fácil para todo mundo. Para você como Executivo, pois o
que mudará será o cenário, mas o papel, as falas e até a postura será a mesma.
Para o Acionista, que terá a certeza do seu desempenho e consequentemente menos
surpresas ao final do processo.
E
isso é bom ou ruim?
E
esse é um ponto que me fez refletir um pouco sobre qual o personagem que nos
damos ? A diferença entre um filme e a vida corporativa real é que num filme
temos o roteiro e sabemos exatamente o que vai acontecer antes do filme rodar,
até o final sabemos. Dependendo da sua capacidade, você pode até influenciar,
mas o final já está ali definido. Alguns filme, por exemplo começam do final.
Enquanto que na vida real, estamos sem um roteiro, não temos a mínima noção da
próxima página, nem tampouco se os clientes nos indicarão para os amigos. É
tudo um improviso. Tudo muda, nada é controlado, nem as falas, nem os cenários
nem a maquiagem, nem a continuidade, tampouco os efeitos.
E
neste exato momento, num projeto de seleção que estou conduzindo, estou
tentando convencer o Executivo (ator) e o Acionista (diretor) a desconstruírem
o personagem. O Executivo tem que arriscar e desconstruir aquele esteriótipo de
papel de sucesso que sempre teve. E o Acionista, por sua vez dar chance para um
ator mudar drasticamente seu Persona e arriscar. Se vai dar certo? Quem sabe? A
arte é subjetiva, assim como o ambiente empresarial. Mas, o bom da vida é viver
e experimentar.
E na
hora do cafezinho hoje, mude a marca do café sem medo, mesmo que nunca tenha
provado, experimente. Se ficar ruim? Volte para a antiga. Se ficar boa? Tem
opção. Se ficar melhor? Que bom. Mas, experimente. Um grande abraço, sempre em
frente e nunca desista dos seus sonhos.